domingo, 24 de dezembro de 2006

Pois é...

Chegou a hora de vos desejar a todos...
Um Feliz Natal!!!

terça-feira, 19 de dezembro de 2006

As corridas!!!


Sexta-feira, final da primeira semana, chegou tão depressa que nem demos pelo passar do tempo. Ao final do dia, depois das nossas voltas obrigatórias com os guias, viemos para casa jantar. Até à hora de sair outra vez para beber um copito, ainda faltava muito tempo e como não havia televisão, o tédio começava a circundar-nos.



Na realidade, não era a TV que nos fazia falta, mas era sim a imaginação que nos faltava. E, como é obvio, não podemos esquecer o facto de não nos conhecermos muito bem, pois isso nos limitava os temas de conversa. Mas no meio de piadas e conversas ia sempre surgindo uma ou outra coisa para dizer. O suficiente para derrubar as barreiras de comunicação.



Entretanto, enquanto o jantar se fazia, frases como " liga aí a TV" ou "muda de canal que já estou farta de ver isso" começaram a surgir. Com uma cadeira de secretária começámos a andar umas atrás das outras e com o disco de praia que nos deram na Jugendhaus Herdberg, começámos a conduzir as viaturas que a nossa mente nos tinha oferecido para acabar com tédio.



De um momento para o outro, as palavras "não há nada para fazer, nem televisão para ver", foram trocadas por gargalhadas, piadas e brincadeiras.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

Dispensa Cibernética

Os dias iam passando e a constante procura de um meio de comunicação que nos mantivesse em contacto com a família ia aumentando. Os serões enchiam-se de impaciência e ansiedade com vontade de comunicar com a nave mãe e de preferência sem grandes custos.

Começou a época de pesquisa e perguntávamos a todos como pôr internet em casa. Todos nos diziam que iríamos necessitar de pôr telefone em casa, mas... louvado Thomas que lembrou-se de falar com Hausmeister para saber se se podia fazer uma puxada da Mitte para o nosso piso, na Mitte.

Surpreendentemente a resposta foi sim. Mas os dias iam passando, o fins-de-semana estava a chegar e nada. Até que numa bela manhã, a Nat lembrou-se de ir à dispensa e reparou no fio amarelo que lá estava. Deu um grito de euforia que nos dizia, "temos internet!". Mas mesmo assim tivemos que experimentar para ter a certeza. Qual não foi a surpresa de encontrar internet na dispensa. Ficámos tão euforicas que até chegamos atrasadas ao encontro que tinhamos com as colegas da Schwabsstrasse.

Fomos de imediato agradecer ao Hausmeister, mas... continuavamos com um problema. Tinhamos um cabo de ligação e dois computadores. Eu lembrei-me que iriamos precisar de um Switch para repartir o sinal, mas não tinha a certeza do nome. Quando fomos agradecer ao Hausmeister perguntámos-lhe logo qual o nome correcto do aparelho e onde é que o podíamos comprar. Ele indicou-nos uma loja,não sei bem onde, mas fomos à Saturn que era mais perto.

Assim que chegámos a casa, fizemos a instalação e não largámos a internet o resto do dia. O chato de tudo isso é que tinhamos os computadores ligados no chão e nós para usarmos a net, como é obvio, também tinhamos que ir para o chão.

Para resolver o problema fomos buscar a secretária do meu quarto e colocámos no corredor. Posso dizer que as coisas ainda lá estão e estamos a pensar em mudar, pelo menos, não enquanto cá estivermos.

E foi assim que nasceu a nossa dispensa cibernética.

O melhor de tudo é que não pagamos internet..." é de borla. De borla não, grátis. Bom, acho que não interessa, o importante é que podes escolher".
6 meses de internet sem pagar um tostão. Que bello!!

Albergue "Muito Mais Além"

Depois de uma longa caminhada pela jovem cidade de Estugarda, chegou a hora do recolher. A caminha estava tão perto e ao mesmo tempo, tão longe. Parece que quanto mais desejamos uma coisa, mais essa coisa demora a chegar.
Ao chegarmos , finalmente, a casa, as 3 jovens que iriam ficar noutra casa, dormiram na nossa casa.
Há que dizer que foram as nossas primeiras convidadas!



Bem tentámos pousar, mas não deu. Tentámos mostrar os nossos pijamas com todo o nosso style, mas não fomos bem sucedidas. Verdade seja dita, que com naturalidade a foto até saiu melhor.

No entanto, não posso deixar de mencionar que, não os nossos pijamas, mas sim o nosso albergue fez tanto sucesso que uma semana mais tarde já tinhamos à porta... não... dentro de casa, dois hospedes vindos, provavelmente de uma discoteca ideal para adolescentes, ainda com cheirinho a leite.
Infelizmente, por falta de informações dos jovens não nos foi possível acolhê-los. E para
acrescentar tiveram que ser colocados na rua em plena madrugada.
Até faz sentido... afinal foi de madrugada que entraram.
Bom, não quero magoar susceptibilidades, mas por mais que gostemos da Alemanha, ainda não somos assim tão íntimos com os cidadãos.

domingo, 17 de dezembro de 2006

A Casa "Muito Mais Além"

Pois é... uma casa cheia de visitas e, como é obvio, surpresas.


Eis uma casa que por pouco não começou a ser uma casa de alojamento de adolescentes enfrascados.


É muito à frente. O que valeu foi vestir o robe.


Bom , mas não é sobre isso que quero que escrever. O que me interessa a mim, neste momento, é apresentar-vos a nossa casa. A casa do tamanho ideal para 4 jovens ou 3. Bom, se for a ver bem, até somos cinco cá em casa, mas isso é outra história. Talvés vos conte lá mais para a frente.


Voltando à casinha que a mim me parece muito simpática, é inteiramente mobilada no IKEA. Até aqui, já deu para ver que o IKEA também é moda.


Lá estou eu... ok, a casa tem 4 quartos - dois de dormir, uma sala e um quarto de vestir- uma cozinha grande com dois frigoríficos, um deles é fantasma ou se não é , tem vipes e da mesma família deve ser duas das 4 cadeiras da cozinha, à quais chamo as cadeiras assassinas. Quem nelas se sentar , pode tombar.


À frente...
A casa tem também um pequeno corredor, que se observarmos bem, tem uma porta que vai dar ao centro da juventude. Pois é... a Nossa casa é um cantinho do centro da juventude, muito bem arranjado.


Ah....pois é, não é para todos!


Mas o mais bonito da nossa casa é, sem sombra de dúvidas, a casa de banho que tem espaço suficiente para uma máquina de lavar roupa voadora, dois lavatórios, uma banheira... e agora a parte mais fantástica. Ao lado da banheira um simpático poliban.




É verdade, assim é a nossa casa.





De partida para a Aventura








A aventura começou no dia da partida - 13.11.2006- , quando 8 jovens mulheres partem juntas rumo às terras germânicas para participar num projecto da união europeia.




Não tinham informações concretas do que iriam fazer em solo alemão, pois as informações eram muito vagas. Nada era certo, tudo era mais ou menos e "se quisessem".



Como herdeiras dos grandes navegadores portugueses, não poderiam nunca temer o incerto. O lema era :" Venha o que vier ou haja o que houver, vamos conseguir ultrapassar". E se juntas, estas mulheres eram fortes, sozinhas eram ainda mais fortes.



A viagem teve a duração de um dia e começou em casa de cada uma: com o arrumar da bagagem nos carros, descarregar da bagagem no aeroporto, o check-in....



O tempo de espera para o embarque foi preenchido com palavras como; " os meus pais", "o meu namorado", "a minha família", "como será?", "será que?" ,"e o tempo". Enfim, as palavras que me ocorrem são o saudosismo e a incerteza.






Ás 12.15 começou o embarque. As jovens não se conheciam, mas também não se queriam perder, pois iriam ser a companhia umas das outras durante 5 meses e meio.



No avião, o tempo não passou muito depressa, mas como eram tantas, havia sempre uma ou outra piada para animar a casa. Ah, e não me posso esquecer do pequeno anjo que passou o tempo todo a passar debaixo do banco dos passageiros e a brincar com os cintos. Era um bebé adorável que ainda nem falava, mas sabia muito bem o que queria.






2horas e 40 minutos depois , o avião aterrou no aeroporto internacional de Estugarda. Naquele momento, os corações dispararam de ansiedade. Como estaria o tempo lá fora? Frio. E será que estaria alguém no aeroporto à espera das jovens?Sim, o coordenador Thomas e os assistentes Nina Fiedler e Elmar.



As jovens foram recebidas com um sorriso na cara e dois beijinho, mesmo à moda portuguesa.

Foram levadas para as casas que durante 5 meses e meio seriam suas.

Ficaram repartidas em 4-3-1 e é aqui que começa a história da casa Muito mais além.


Digam lá se estas mulheres não têm garra? Tentar é uma coisa, mas conseguir, é muito à frente ou deverei dizer , muito mais além.